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Transformação digital impacta profundamente a sociedade em que vivemos e molda o futuro hiperconectado

Executivos de destaque compartilharam percepções, analisaram o atual cenário da tecnologia e deixaram sua visão de futuro em mais um evento da série 'Conexões'

Os avanços da tecnologia e seus impactos na sociedade – por meio da transformação digital acelerada que temos vivenciado – estão moldando profundamente nossas vidas de hoje e farão com que o futuro, com o qual conviverão as próximas gerações, seja cada vez mais hiperdigitalizado e hiperconectado. 

Negócios de todas as áreas estão vivenciando uma intensa jornada de transformação, em diferentes níveis, seja incorporando a tecnologia na sua operação diária, nas relações com clientes e fornecedores, na sua cadeia de valor, ou se valendo do poder dos dados em seu planejamento e evolução, para ganhar mais relevância num cenário maior de concorrência.

O ambiente de transformação é de tal dimensão que empreendedores, executivos e especialistas concordam que, hoje, toda empresa ou indústria é, na prática, uma organização de tecnologia. Pensada como base firme do negócio, é ela que habilita a produção mais eficiente, o funcionamento mais suave e dá as condições para que a companhia se mantenha sólida e evolua.

Toda essa incrível jornada digital dos negócios como motor de transformação da sociedade, além das percepções e expectativas para a evolução tecnológica dos negócios, foram temas de mais um evento da série "Conexões", realizado na Japan House, em São Paulo, que reuniu executivos de grandes empresas que são destaques em suas áreas de atuação e especialistas em inovação. 

No painel "Tecnologia na Jornada de Transformação da Sociedade", estiveram presentes os experientes executivos Gileno Barreto, Diretor-Presidente da Prodesp; Paulo Venâncio, diretor de Produtos e Pré-Vendas de Soluções Digitais da Embratel; Eduardo Zago de Carvalho, Managing Director para América Latina da Equinix e José Renato Mello Gonçalves, presidente da NEC no Brasil – empresa que celebrou, em 2023, 55 anos de presença no país.

Os executivos compartilharam suas perspectivas pessoais e únicas sobre suas trajetórias, a visão de como vivem o presente hiperconectado, a evolução das jornadas digitais e uma perspectiva de futuro sobre o mundo que deixaremos para as próximas gerações, que vai abraçar pessoas, máquinas, dados e sistemas em prol de um mundo mais inclusivo, produtivo e cheio de bem-estar.

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Pós-pandemia


Barreto, da Proesp, abriu o painel ressaltando a ascensão e a aceleração das transformações digitais no período pós-pandêmico. Na visão dele, a área de tecnologia da informação (TI), que em muitas empresas era vista como custo ou despesa, ganhou uma dimensão completamente nova. "A transformação digital passou a ser percebida como o único meio pelo qual uma série de canais de governo e do setor privado poderiam alcançar as pessoas, a população de forma geral".

Na área de transformação digital de governo, na qual o executivo se especializou nos últimos anos, Barreto apontou uma excelente resposta da indústria de tecnologia aos desafios impostos pela pandemia, com a aceleração de várias jornadas digitais.

"Já havia um planejamento e uma necessidade de melhoria dos canais digitais, criando praticamente um Estado para cada cidadão (em termos de acesso bastante personalizado a serviços públicos)", diz. "Conseguimos virar essa chave. Por exemplo, no caso da plataforma Gov.Br, de serviços digitais do Governo Federal, em dois anos saímos de 20 milhões de pessoas para 150 milhões de pessoas, com a maior plataforma de governo digital do mundo em suas mãos, permitindo entregar serviços no momento em que os canais físicos não estavam disponíveis".

Segundo Barreto, isso também despertou no setor público a percepção de que a tecnologia é o principal canal para tornar a administração "verdadeiramente eficiente".


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Governos digitais: transparência, inclusão e desenvolvimento


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Transformação de comportamentos

Com larga experiência na carreira, e tendo trabalhado principalmente em duas indústrias, financeira e de telecomunicações, Paulo Venâncio, da Embratel, afirma que presenciou transformações profundas e, ao mesmo tempo, bastante curiosas em sua jornada. 

Ele cita, por exemplo, novos comportamentos e demandas de clientes e consumidores de diversos tipos de serviço que, ao longo dos anos, acabaram demandando mais tecnologia, numa prova de que uma jornada está intimamente conectada à outra.

"Cito o exemplo dos serviços bancários, que com o tempo, por demanda dos clientes, tiveram que ser levados mais para perto das pessoas, onde elas estivessem e não importando em que momento", aponta.

"Foi a internet que possibilitou que isso estivesse presente na residência e no bolso do cidadão. O mercado passou a demandar esse tipo de interconexão e proximidade dos serviços, e as empresas tiveram que buscar soluções". Paulo Venâncio, diretor de Produtos e Pré-Vendas de Soluções Digitais da Embratel.

Estas soluções para o caso específico dos serviços bancários, ressalta o executivo, demandaram ainda o reforço da infraestrutura de conectividade e acessibilidade de dados, incutindo ainda mais tecnologia e inovação em todo o processo. "Então surgiram as primeiras redes satélites, porque a gente não tinha capacidade de conectividade. Percebamos que, ao longo dos anos, vamos tendo essa evolução incentivada pelo comportamento, com a tecnologia sendo a habilitadora".

Para Venâncio, o empoderamento do cidadão – hoje, com todos tendo um supercomputador no bolso – é o verdadeiro motor desse processo. "A transformação digital vem acontecendo, a adoção de tecnologias vem evoluindo e hoje o que a gente tem é um processo mais rápido e mais ágil", destaca.

"Dentro de toda essa jornada que vivi, uma preocupação com sempre presente é com a experiência do usuário. Cada vez mais não basta colocar o serviço, é preciso entender como a pessoa está, se 'sentindo' um cliente, por exemplo, de um financiamento bancário. Não é o mesmo perfil e a mesma necessidade de um cliente que faz investimento, que compra ações. Então, conhecer, entender como é a situação de cada um, com a adoção tecnológica, é fundamental. Assim, vamos evoluir de forma muito benéfica".


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#Start Eldorado Edição #302 e #303 - A jornada para a transformação



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Infraestrutura

Eduardo Zago de Carvalho, da Equinix, compartilhou sua visão como executivo há muitos anos de uma das maiores empresas globais de data centers, com forte presença no País. Uma infraestrutura robusta é fundamental para garantir a velocidade, a segurança, a estabilidade e a latência necessárias para praticamente qualquer serviço ou demanda digital.

"Estou nesse mercado desde os primórdios, desde a primeira leva de executivos a trabalhar com datacenter. Lá pelos idos de 2002, os gurus da internet diziam que ninguém mais iria ao supermercado ou às lojas fazer compras. É óbvio que isso não se consolidou, mas o mundo se transformou muito nesse tempo, principalmente pela digitalização e pela transformação digital", analisa Carvalho.

Ele também destaca o papel-chave da pandemia em acelerar uma mudança de comportamento e, por consequência, a transformação digital.

"Se as food techs não estivessem em todos os aplicativos que rodam dentro de um celular, ela teria sido uma tragédia muito maior. Então, a crise acelerou essa transformação de empresas que tinham isso no seu pipeline e fez com que as empresas que não tinham adotassem tal visão digital, tanto que foi o maior período de expansão dos data centers", aponta, destacando, ao lado das compras online, questões como o trabalho remoto, que virou uma realidade no Brasil.

"Hoje, muitas pessoas vão pouco aos escritórios, como já ocorria nos Estados Unidos. E eu acho que isso também tem o lado ruim. É que você pode perder o que eu chamo de combustão colaborativa, aquela questão pessoal, as discussões, o café, etc. E a gente está tentando reconquistar isso".

O executivo lembra ainda que a transformação que acompanha a tecnologia foi positiva em muitos aspectos, mas, por outro lado, chamou atenção também para os crimes digitais e as fraudes. "Nós acabamos com aquele crime que era comum, a saidinha de banco. Não existe mais. Hoje, as fraudes são digitais, então você vê alguém te ligando ou alguém fraudando, mandando um SMS para você, tentando varrendo a sua senha ali e ter acesso ao conteúdo bancário. São coisas que vieram com a transformação digital".

A inteligência artificial, para Carvalho, é o atual "ponto de aprendizado" dentro da nova realidade digital. "Sou entusiasta disso, acho que é algo que vem forte e a gente está aprendendo também. É assustadora a demanda de crescimento que a IA está tendo dentro dos nossos data centers. Assim é que estamos experimentando diversas etapas dessa transformação".


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IA será a chave

José Renato Gonçalves, da NEC, lembra a evolução dos dispositivos de conectividade e serviços digitais e concorda que a inteligência artificial será a chave de virada para um mundo mais funcional e produtivo com base em tecnologia.

Para ele, uma das primeiras barreiras existentes, a da conectividade, já foi ultrapassada – com a observação de que infraestrutura é um tema que requer melhorias e investimentos continuamente.

"Claro, cada vez mais a gente exige mais e mais banda, mais e mais capacidade. E isso está gerando cada vez mais uma quantidade enorme de dados.”

“Como é que a gente consegue transformar todos esses dados e informações para que tragam benefício para a sociedade? Eu acho que a inteligência artificial vai ser o grande transformador. Talvez seja a nova etapa dessa nossa fase de transformação digital", analisa o CEO da NEC.

Entre as tecnologias da multinacional japonesa, já embarcadas em diversas soluções e serviços, o executivo lembra as de identificação, que se valem de inteligência artificial e algoritmos sofisticados, para validar a identidade digitalmente e que já estão presentes em diversos ambientes e canais de atendimento ao público.

"Para realmente conseguir trazer informação, trazer valor para todo esse volume de dados para toda essa conectividade, que a gente tem gerado, a inteligência artificial é o ponto fundamental", afirma Gonçalves.


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Longo caminho

Gileno Barreto, da Prodesp, considera que em se tratando do setor público existe ainda um grande dever de casa a ser feito, antes que as autoridades, dependendo do nível de maturidade e da esfera de governo, pensem na implementação de serviços e aplicações digitais que tragam a IA incorporada.

"Quando a gente fala de inteligência artificial, temos uma série de experimentos na área, inclusive de IA generativa. Nós temos trabalhado muito para oferecer novos produtos e serviços, sempre preocupados com a experiência do usuário. Mas eu tenho que dizer que nós temos um grande caminho a percorrer", diz.

Ele explica: "é óbvio que nós não podemos deixar de inovar e deixar de olhar as novas tecnologias, mas nós temos que melhorar muito o que a gente tem hoje, e isso significa que nós temos que pensar no que é o cidadão, no dia a dia dele. Eu penso que é, nós não devemos forçar a pessoa, por exemplo, a caminhar para o digital. Não é o nosso papel fazer a transformação digital do estado e dizer 'cidadão, se você quiser esse serviço, você vai ter que ir pelo canal mobile ou em seu celular".

Desta forma, de acordo com o executivo, o processo passa por continuar oferecendo todos os canais possíveis de atendimento, para que a pessoa opte pelo que melhor a atende, respeitando as curvas de adesão e as gerações que preferem os meios mais tradicionais ou analógicos.

Barreto traz o exemplo do Poupatempo, que é administrado pela Prodesp e funciona como um integrador de serviços no estado de São Paulo. "O Poupatempo está baseado no modelo analógico. Ele é um integrador de serviços, ele não integra os sistemas. Então temos que, né, percorrer um longo caminho para que o Poupatempo continue existindo, mas oferecendo para o cidadão aquele canal físico".

Para o futuro, diz o presidente da Prodesp, o "sonho" é que o cidadão possa resolver todas as suas demandas de forma unificada, tendo seus dados centralizados no sistema do Poupatempo, o que ainda não acontece. "Então, quando nós falamos em inteligência artificial e novas tecnologias, experiência do usuário, temos um longo caminho a percorrer, particularmente em São Paulo, e também no Brasil, que é altamente desigual".

O executivo lembra ainda as discussões éticas em torno da massificação da tecnologia, que vêm acontecendo no Brasil. "Muitos países deixam a tecnologia avançar e quando surge o problema, eles regulam. Aqui, nós queremos regular antes de surgir o problema. Resultado: a tecnologia não avança. Então, ainda temos um longo caminho a ser percorrido".


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Cuidados e governança

Falando da experiência da Embratel em seu amplo portfólio de produtos, soluções e serviços, destacando a inteligência artificial, Paulo Venâncio diz concordar que a IA é o grande tema da atualidade. O profissional faz suas considerações sobre a questão da ética na área e diz concordar com as observações de que não se deve antecipar a adoção de tecnologias sem antes pensar nos cidadãos.

"Concordo que é exatamente esse é o aspecto, que é combinar a transformação digital com a inclusão digital, porque não adianta transformar e obrigar o cidadão, meu cliente ou quem quer que seja a aderir àquele serviço sem que ele tenha as condições necessárias para isso", pontua.

"Às vezes é precipitado você querer regular algo que ainda está se desenvolvendo, mas, ao mesmo tempo, é uma missão das empresas ter o cuidado e ter a governança sobre o uso dessas tecnologias, porque você tem questões de segurança e privacidade como LGPD e proteção de dados. É preciso ter um cuidado para que a gente não ultrapasse os limites".

Ele afirma que a operadora já vem trabalhando com a inteligência artificial internamente. "Tem várias experiências, soluções, parcerias, sobretudo voltadas um pouco para essa questão de entender os clientes e as suas especificidades", exemplifica. "Vemos algumas situações em que há aplicativos que não rodam em determinados dispositivos. A pessoa precisa comprar um dispositivo maior e aí ela perde o serviço que ela tinha. Então essa evolução precisa ser muito bem suportada, e pode-se usar a inteligência artificial para conhecer melhor o cliente, para melhorar o serviço, para otimizar processos".

A Embratel, desta forma, se coloca como uma empresa habilitadora de negócios e tecnologias. "A gente entende que esse aspecto da conectividade, resiliente e rápida, é um aspecto que vai se resolver a nível nacional e então vai possibilitar, sim, que todas as pessoas e todos os serviços, todas as indústrias se beneficiem para ter soluções a problemas de negócio. Então, acho que esse aspecto da inteligência artificial vai evoluir rapidamente e vai ajudar muito nesse entendimento e posterior transformação digital de uma série de serviços".

O aspecto da demanda, do hábito e da maturação de clientes e consumidores, e também das próprias empresas, é lembrado por Venâncio. "Por exemplo, o canal físico é uma experiência importante, precisa e vai continuar existindo. Existe um processo de transformação comportamental, que vem associado à transformação digital, mas não é uma adesão que vira uma chave e tudo muda rapidamente".

Aqui, novamente, um grande exemplo é o internet banking. "Ele demorou um pouco, as pessoas foram se acostumando, foram se adaptando, deixaram de ir ao banco, deixaram de usar cheque, de sacar dinheiro e passaram a usar o dinheiro digital", lembra. "Então, em todas as indústrias há essa adaptação. Há esse tempo de maturação, só que ele vai ser cada vez mais rápido, na medida em que a gente vai conseguindo ter dispositivo, tecnologia embarcada e capacidade de processamento dentro dos dispositivos móveis, cada serviço que for disponibilizado terá uma adoção mais rápida".


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Serviços públicos: como governos podem aumentar a segurança das informações dos cidadãos


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Business intelligence

Quando o tema são os data centers e a expansão desses nós de conectividade, Eduardo Carvalho, da Equinix, afirma que o uso da IA na empresa está intimamente ligado à área de business intelligence, ajudando no planejamento do negócio. "A gente sabe o que o cliente compra, de quem ele compra e como ele compra. Então a gente tem um mapeamento completo dessas bases, e isso está intrinsecamente ligado aos data centers", explica o executivo, ressaltando que os grandes servidores acabam sendo a base de toda a economia digital mundial.

"Se os data centers parassem seria uma catástrofe hoje para o mercado digital e o mercado. Mais de 50% do tráfego de internet brasileiro passa por dentro dos data centers da Equinix, assim como 80% do tráfego de internet norte-americano, principalmente em Ashburn, perto de Washington. Lá existe um conglomerado de mais de 30 data centers juntos que inclusive é área de segurança máxima monitorada pelo Exército dos Estados Unidos".

Mais de 50% do tráfego de internet brasileiro passa por dentro dos data centers da Equinix”

Para Carvalho, outro aspecto muito importante a considerar é o uso potencial da tecnologia "para o bem e para o mal", trazendo ao debate questões de cibersegurança, privacidade e proteção. "Enquanto a gente está conversando aqui, certamente tem alguém bolando alguma estratégia para usar a inteligência artificial de forma a cometer crimes ou fraudes. Essa é a realidade".


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A segurança física dos ambientes lógicos: como as tecnologias expandem a proteção de dados


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55 anos da NEC no Brasil

O presidente da NEC para o Brasil, José Renato Gonçalves, lembrou os 55 anos de presença da multinacional japonesa no País, destacando todas as preocupações em oferecer tecnologia de ponta, sustentável, como uma verdadeira empresa parceira de seus clientes.

"Evidentemente que muita coisa mudou nesse período e as transformações estão se acelerando cada vez mais", declara Gonçalves, reforçando que a NEC se posiciona sempre como uma parceira muito forte dos negócios e da sociedade, pensando em oferecer ao mercado tecnologias que levem esse valor às empresas, favoreçam o crescimento saudável das companhias, das cidades, também incentivando os potenciais aí das pessoas e dos negócios.

O CEO relembrou alguns momentos marcantes da trajetória da companhia e como eles conectam passado e presente nas soluções hoje oferecidas ao mercado pela empresa.

"Implementamos aqui no Brasil os primeiros sistemas de telefonia celular, de mobilidade. Trouxemos os primeiros sistemas para transmissão de televisão via satélite digital, assim como o primeiro supercomputador que a gente teve aqui no Brasil, foi uma foi tecnologia da NEC, uma máquina que era usada para previsão do tempo. Somos uma empresa de tecnologia que se transformou e hoje usa a inteligência artificial em muitas de nossas soluções".

Conforme Gonçalves, um dos exemplos mais fortes da atuação da NEC é a área de cidades inteligentes, para as quais a empresa oferece um grande sistema dotado de inteligência artificial aplicada a vídeo analítico, capaz de capturar e analisar imagens em tempo real para a detecção de comportamentos estranhos ou situações anormais e mesmo de risco.

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Indicou o CEO, ressaltando que a solução pode ser integrada a sensores de enchentes, presentes em vias, de iluminação e mesmo de som, consolidando tudo em um único sistema por meio da IA. 

Outra das linhas de atuação muito importante para a empresa é um trabalho junto da indústria farmacêutica, colocando a tecnologia como auxiliar na produção de novos medicamentos e vacinas.

O presidente explica: "A meta é que a gente consiga produzir uma nova vacina em 100 dias. Por exemplo, em uma nova pandemia, quem sabe conseguiremos ter uma vacina muito mais rápida, usando a inteligência artificial". 

A pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos personalizados vem de encontro a essas tecnologias "Remédios para câncer, por exemplo, já são produzidos em conjunto com empresas farmacêuticas de forma personalizada. A gente pega uma célula da pessoa através da inteligência artificial, a gente consegue gerar 11 remédio que vai ser exatamente para aquela necessidade daquela pessoa.

Por fim, entre outras tecnologias inovadoras com o DNA da NEC, José Renato Gonçalves pontua a aplicação de IA na automação de redes, aumentando sua eficiência e desempenho.

"Hoje a gente usa a inteligência artificial para isso, que chamamos de automação de redes, então conseguimos implementar rotinas nessas redes muito mais rápido. Então, às vezes, milhões de linhas de comando ali que a pessoa precisaria programar, conseguimos fazer isso em minutos, trazendo muito mais eficiência, muito mais produtividade e evitando erros".


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NEC Global trilha seu caminho para o futuro com base na Visão 2030 da companhia


Nova call to action
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Olhar para o futuro

Deixando sua visão de futuro para um mundo cada vez mais hiperconectado e com a tecnologia mais presente em todos os negócios, nas nossas vidas e no nosso cotidiano, os executivos destacaram a visão da cibersegurança como tema de primeira importância e deve receber grande atenção e muitos investimentos daqui por diante. Afinal, os dados são ingredientes fundamentais na operação e planejamento dos negócios modernos, e por isso mesmo acabam representando informações de enorme valor para fraudadores e criminosos digitais.

Pela Prodesp e falando do dia a dia da empresa, o presidente Gileno Barreto destaca o caráter "secure by default" no tratamento dos dados.

"A responsabilidade do estado com os dados pessoais é e deve ser muito grande, porque quando você fala de segurança e privacidade de dados, o olho no governo é muito forte. Temos que dar uma resposta duplamente qualificada".

Barreto lembra que quando se fala em dados pessoais, o governo pode fazer um bom uso em prol das políticas públicas, evidentemente com o tratamento das informações de maneira anonimizada.

"O governo está sentado em cima de grandes bases de dados que, se bem utilizadas, assim como uma empresa data driven, serviriam para melhores políticas públicas – e é esse um caminho que todos os governos devem trilhar", afirma. 

"Alguns governos do mundo já fazem isso pela ciência de dados, análise de dados mais recentemente, e agora por meio de aprendizado de máquina, evoluindo para a utilização de ferramentas de inteligência artificial", algo que, de acordo com Barreto, ainda tem que melhorar em nosso país.

Para o futuro, o executivo destaca um grande desafio para os próximos investimentos em governo digital, que no caso do estado de São Paulo tem uma estratégia definida em 13 pilares - segurança é privacidade de dados, investimentos em tecnologia, software, etc.

"A partir daí, nós definimos as diretrizes, o que é revolucionário para uma administração de tecnologia de um estado como São Paulo. "Teremos uma estratégia unificada de investimentos em tecnologia, que vai ser transversal para todas as secretarias e, partir de 2024, fazer aportes significativos, acelerando a transformação digital para que o Estado possa entrar em uma curva muito rápida e ascendente e termos um nível de digitalização de serviços públicos entre 70 e 80%. Hoje, esse número é de 20%".

Paulo Venâncio, da Embratel, considera que o tema da cibersegurança permeia todas as iniciativas de negócio da empresa e de seus clientes.

"Isso está presente em todos os serviços, seja adoção de nuvem, seja adoção de inteligência artificial. É importante ver como a gente evoluiu e amadureceu. Eu arrisco dizer que a gente tem uma jornada, que precisa ter a nota 10 em termos de segurança, no que a gente colabora muito com o aspecto de portfólio amplo de cyber defense".

Para Venâncio, isso envolve uma jornada de conhecimento do tema muito presente hoje no dia a dia das corporações. "É gratificante ver que a gente saiu de uma estrutura onde a segurança para as empresas era comprar um antivírus, há alguns anos. Hoje, de fato, é algo relevante, dentro da preocupação da proteção, da privacidade dos dados e, principalmente, da adoção de produtos e tecnologias com responsabilidade".

Segundo ele, é inevitável que a adoção de tecnologias como inteligência artificial venham acompanhadas de desenvolvimentos e novidades no segmento de segurança. "Seja para abordar um ambiente de nuvens, seja para abordar um ambiente físico, o que a gente precisa de fato é estar atento é a esse desenvolvimento, essa adoção de uma forma responsável".

O executivo deixa sua visão de futuro afirmando que haverá uma aceleração ainda maior da integração de tecnologias nos ambientes corporativos, por meio do "habilitador que é a conectividade, o 5G, as redes privativas que vão surgir". 

"A gente vai ter uma transformação na indústria, principalmente no aspecto de otimização de produtividade, de ter mais eficiência nesses meios, com uma preocupação de entender o comportamento de cada cidadão, de cada cliente e adaptar os serviços e ter serviços associados para cada necessidade", diz. "Além de oferecer produtos, infraestrutura, serviços, o que fazemos é conectar soluções".

Para Eduardo Carvalho, da Equinix, o futuro será híbrido. "A gente hoje tem espalhados pelo mundo, por todos os continentes, em torno de 260 data centers. Temos nos preparado para o mundo híbrido, com os serviços de cloud, dentro dos nossos data centers, e também temos os nossos clientes que têm estruturas físicas próprias e as conectam à nuvem.

Em sua visão de futuro, o executivo lembra o ponto da educação digital, para ele fundamental para que a tecnologia atue sempre como parceira da sociedade.

"Isso deveria ser matéria escolar, com mais profundidade, porque o uso dos dispositivos que nós temos e a acessibilidade que têm nossos filhos e netos é um fator que nós devemos levar em conta para o futuro. Tenho batido bastante nessa tecla, mesmo porque se você pegar esses temas todos de cibersegurança, a pergunta é, quando você vai sofrer um ataque?", analisa.

"Você pode realizar enormes investimentos, redes seguras e fechadas, ter as principais consultorias. Mas se tiver um ponto de falha, e geralmente ele é humano, fica vulnerável. Então a educação digital está intrinsecamente ligada a este fator de segurança. Não basta você ter todos os equipamentos, todas as metodologias".

José Renato Gonçalves, CEO da NEC, visualiza um mundo em que a principal missão da empresa seja deixar o melhor legado para as gerações que virão  posteriormente à nossa.

"Complementando a questão da segurança", afirma o executivo, "tenho um exemplo de um caso real, uma grande rede de supermercados que sofreu um ataque de hacker via um sensor de temperatura de uma geladeira do frigorífico. Hoje, aquele sensor está conectado para que seja monitorada a temperatura", diz o CEO. "Então você vê o nível de detalhes que você tem que ter, porque qualquer dispositivo hoje pode ser uma porta de entrada.

“Precisamos ter empresas e tecnologias com bastante capacidade para conseguir se defender disso [ciberataques]".

Para o futuro, o presidente da NEC no Brasil reforça o slogan da empresa, "orquestrando um mundo mais brilhante", lembrando das tecnologias nas quais a companhia é reconhecidamente líder, como identificação digital e biometria.

"Por exemplo, estamos investindo muito forte aqui no Brasil para identificação digital de recém-nascidos. Na maternidade, a criança já sai com a impressão digital, o que evita trocas de bebês e até mesmo tráfico", explica. A tecnologia da NEC, líder em reconhecimento, consegue, por meio de algoritmos de IA, superar dificuldades como as impressões digitais não totalmente formadas para identificar cada criança com extrema precisão, assim que feita a captura de imagens.

Essas mesmas inovações, diz o executivo, já estão implementadas e funcionando com sucesso em países africanos, para o monitoramento da vacinação de crianças e também sua identificação, em parceria com a Cruz Vermelha.

"Também na África, temos projetos em parcerias com governos locais para a identificação de minas explosivas, colocadas no solo, em regiões que tiveram guerras. Com base em análise de imagens de drones, conseguimos pontuar exatamente o local, para que posteriormente as equipes desativem tais armas", declara Gonçalves.

Preocupações ambientais dentro da agenda ESG, tão em alta nos negócios e na sociedade, também são foco da NEC, que já oferece no Brasil sua plataforma de agricultura digital, a CropScope.

"Essa tecnologia de inteligência artificial entrega diversas inovações para maior produtividade das colheitas. Por meio de IA e sensores, o produtor pode saber onde pulverizar, quando utilizar mais água para fazer irrigação, etc. Usamos sensores no solo, drones, imagens via satélite, de uma maneira combinada, para realmente trazer mais produtividade para o agro, que hoje é um mercado também muito importante. Diante do aumento da população mundial, assegurar a maior produtividade é fundamental".


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